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07 novembro 2006

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(Foto: Rogerio Santos )

Mar de Amor
Letra: Rogerio Santos
Música: Floriano Villaça


Na beira de um mar de amor
Melhor
é saber contemplar
Esquecer
a pressa e admirar
Melhor
que dizer é calar
Melhor
se perder na paisagem

Na beira de um mar de amor
É preciso ter coragem
O mar convida a viagem
Farol revela uma imagem
Morena,
com seu alguidar

Na beira de um mar de amor
Não
pedras nem rochedos
O mar acalmando os medos
Esconde bem seus segredos
Num convite a velejar

Na beira de um mar de amor
Depois
de passado algum tempo
As velas tremulam no vento
E o barco do sentimento
Prepara
sua cabotagem

Na beira de um mar de amor
A areia não gruda na pele
A saliva turva não repele
A espuma talvez revele
O gosto do sal a provar

Na beira de um mar de amor
Perigoso
é ser tragado
Por um olhar enamorado
sereia em seu reinado
Fazendo a pele enrugar

Na beira de um mar de amor
Sabor de fruta madura
Beleza
de rara candura
Água
bate até que fura
Lambendo o que era miragem

Na beira de um mar de amor
Há lenda de muito naufrágio
Quase
sempre o mesmo adágio
É pagar esse pedágio
Limite para mergulhar

Na beira de um mar de amor
A estória encontra o destino
O homem virando menino
Segue firme em desatino
Sem medo de se afogar

2 comentários:

rogerio santos disse...

Gordinho, eu prometo que no dia que tiver uma boa gravação, eu posto.
Infelizmente ainda não tenho.

Beijos

pituco disse...

Lírico,signore...desconhecia a faceta mais formal do poeta.Parabéns...namaste