( foto: Rogerio Santos )
Hipotenusa
Texto: Rogerio Santos
lanço um olhar retilíneo sobre o horizonte de casas um quadro de altivez financiada num prédio de periferia estou acima não se constata outra coisa canta um cego rabequeiro “o sertão já virou mar” e sou deus e sou nenhum contemplo as luzes paulistanas imagino confins pontilhados na loucura surreal densidade demográfica um ponto nas reticências nas entrelinhas da frase que não se acaba em Penha-Lapa parágrafo e letra maiúscula mas deixa perguntas no ar muito mais que nono andar nego cio na solidão no pensamento negocio em linha reta sobre vidas e vigas no céu da terra prometida
2 comentários:
Poeta,eu estava no 12 andar,quando a terra tremeu em Kobe,em 19 de jan.de '95.
Dos 20 segundos de duração,aos 5 o terremoto atingi o pico...o que se supõe que a vida vale esses pequenos momentos.
Parabéns pelo poema
namaste
errata: 17 de janeiro de 1995
obrigado
namaste
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