
Poema Calado
ROGERIO SANTOS
dá dó de poema
com pouca trama e muita trema
dá nó no poema
o muito drama, a pouca cena
adoro poema geográfico, pornográfico
adoro poema espiral, espacial
dá dó de poema esquelético, arquétipo
dá nó no poema, o lânguido, o pândego
adoro poema de rio, de mar
adoro poema calado; calar
parte, profundidade da fruta
da sanha, da carne, da gruta
nem tudo é pavão, misterioso leito
são rios e rio, e rio calado
embarcado na mesma viagem
em busca do equilibrio absoluto
margem direita palavra
margem esquerda intuição
acionados sonares dilemas
sigo calado e flutuo poemas
5 comentários:
Muito belo, singelo, original, este poema-rio... Abraços.
Muito belo, singelo, original, este poema-rio... Abraços.
Adoro poema que encanta
e espanta, em cada desvão.
Os curtos, por sinal, têm mais e mais me apetecido.
Alvíssaras, meu caro Rogério.
Abraço do
Carlos
signori,
segue um verso extraído de um poema-rio ...
"cada gota do rio
que passa
flui a vida
em mim" (Érika C.Goethe)
o nome já denuncia essa minha amiga-irmã de adolescência e sonhos convividos...
piramidal...agora flutuo poemas
namaste
Postar um comentário