Sertanias
ROGERIO SANTOS
de toda solidão
não restou um revés
o que trago nos pés
são geleiras e ondas
na aventura de caminhar
e a cada passo seguir
como um cais
como um cais
para aprender a erodir
feito um rio
quando sabe o mar em si
beleza e solidão
partilhar o que é
cada qual uma galé
incerteza dos ventos
ditando o rumo
e a direção
e a direção
e quando o próprio sertão
visitar
visitar
e nesse porto
se alguém ancorar
se alguém ancorar
valer o tempo de sentir
5 comentários:
signore poeta,
arrepiantes...poema e fotos que ilustram tua página.
são versos que mexem com os sentidos...piramidal
abraçsons
Signore,
Gratíssimo pelo comentário.
Sertanias é um dos temas em violão do Antônio Mineiro, e esses versos estão encaixados na melodia dele.
Eu também achei bem profundos e funcionam bem metricamente falando.
Agora preciso trabalhar a segunda parte com muito capricho, pq pode pintar aí mais uma parceria.
Abraços paralelos e meridianos !
Rogerio
A solidão é plural. E seu revés é de endoidecer o que é são.
Muito bom.
Abraço
Obrigado Mai, seus comentários são sempre benvindos por aqui. Nem sempre é possível escrever com profundidade, mas acho que esse texto (que ainda está em formação) atingiu esse objetivo.
Grande Beijo, Rogerio
mais uma vez, é o caso de mirar ou ser mirado. se é destino ou puro acaso, não carece ser lembrado.
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