Nanquim
ROGERIO SANTOS
esse pranto em silêncio
desabou perfumado
orvalhou decantado
no calor do cio
quem só vive colhendo
no falar e no ouvir
desaprende a ruir
e intuir outro estio
desaprende a sentir
desfolhar, tatear e olhar
o que não se desvela
senão pelo silêncio
e esse rio do rio de nós
no negrume e algidez
leito escrito à nanquim
quando o mar vai despir?
quero som de tua pele
quando o mar vai vestir
esse rio de mim
quando explode em silêncio
muda
Há um mês
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