A poesia
é o sobretudo
que me cobre.
O lado
de dentro
e o lado
de fora.
Folha de cima é o nome das terras que eram cultivadas por antepassados de minha família paterna.
Da mesma maneira, escrever, colocar minhas idéias viagens e experiências no papel ou armazená-las num sítio, é voltar ao cultivo de raízes das quais sou fiél depositário.
quando se sai a caça de nova palavra aquela, no emaranhado que fecha o sentido que cria o atalho que corta o caminho que estala as idéias que geralmente cozinham na fuça, na cara mascando batalha no nó do novelo no cortante da linha promessa de vôo perene quando se pega de jeito a palavra engendrada aí chega a hora de ir pro abraço temperar a salada de dar a garfada de meter a boca de matar a fome de gritar bem fundo do fundo da alma da linha de fundo da bola cruzada na entrada da área o pique, a chegada é gooooooooooool (ou google ?)
um beijo em silêncio invade a noite carioca enquanto uma bala perdida busca um alvo adormecido o sol que escorre da flor na síntese do alimento no instante derradeiro o beijo busca um abrigo no porta-retrato da estante paira um recorte argumento é como se nesse silêncio ainda portasse um sorriso o beijo jogado no tempo explode no meio da boca para a bala contratempo de movimento tenente a bala em fração de segundos coadjuvante em contracena se cala atingindo a parede