Visualizações

19 fevereiro 2009

212



Engenho
ROGERIO SANTOS

há poesia nas raias do silêncio
dona se fingindo de morta
agindo como quem não está
ausente como quem não é
porque a poesia bem sabe
que nunca, mas nunca se sabe
quando um intrometido poeta
romperá o limite do óbvio

15 fevereiro 2009

211




Abraço
ROGERIO SANTOS

foi só loucura e lucidez
sol no caminho das mãos
da boca, do olfato, da tez
entrelaçados corações

equidistantes feridas
dançaram nas vias de fato
foi tanto amor que se fez
que se estancaram no ato

escrito na seda da dor
um sim sobrepõe palavras
afronta perguntas questões
na ternura de um abraço

só por loucura e lucidez
sol no caminho das mãos
da boca, do olfato, da tez
entrelaçados corações

equidistantes razões
que se estancaram no ato
um sim sobrepõe questões
na ternura de um abraço

03 fevereiro 2009

210



Ponto Final
ROGERIO SANTOS

o amor quando acaba
carrega a poesia
com força de enxurrada

sobra nessas horas
como único recurso
o indefectível ponto final