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21 junho 2008

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(foto by: Rose Poulain)


Azuis
ROGERIO SANTOS

que azul é esse que gruta na aura
carrega o sorriso no som do badalo do sino
que azul é esse de tantra perverso
um lago perfeito onde não farta peixe
de tantos amares em abalos sísmicos
na falha da alma azul de metileno
azul que não se treva pintando sets
erosões verticalmente implacáveis
criados-mudos estrelas-do-mar em novos recifes
sem eira nem beira quem betoneira
escultura em doze graus na escala richter
reparte hemisférios como uma faca à laranja
por toda a exuberância de um leve momento
o azul do mar do céu no espelho dos olhos da cidade
é simples desmantelo e deleite nos olhos mareados de saudade


2 comentários:

Unknown disse...

Meu primeiro pitaco, não vale uma pataca... rs Passei pra deixar um beijo e dizer que você é poesia, Rogério. Abraço, amigo!

Anônimo disse...

essa poesia tá demais de linda!!!!
beijo