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29 janeiro 2012

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Outro Amor
ROGERIO SANTOS

o amor dói como faca
quando o olhar já não lhe capta
quando é longa a madrugada
quando o frio vem de pirraça

essa dor de flor que parte
furta a cor sem dar alarde
sem defesa nem coragem
vive o sal de uma saudade

essa dor, dor de vidraça
quando pedra lhe estilhaça
e depois nem pode o vento
nem a chuva, de tão doce

tem no seio de seus cacos
a esperança em mil pedaços
que outro ciclo então se faça
e que um dia enfim renasça
 
outro amor...

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