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21 julho 2012

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Oficina
ROGERIO SANTOS

na linha do limite do que vejo
do que pinta de soslaio de lampejo
ponho de pé um ovo e um bobo

para além da cortina a semântica
para o bem da caneta minha Atlântida

apronto mergulhos atabalhoados
na piscina dos delírios elevados
e respiro um olhar se volto à tona

o mar possível da lucidez é a cama
meu peito oficina de páginas e dramas


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