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24 janeiro 2006

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Icarhus by Nuno Gomes

Voando por sobre as cabeças
ROGERIO SANTOS

O poeta impresso em folha
não tem rosto.
Tem falha,
tectonismo, aposto.

Cada linha num sentido
faz crescer a cordilheira.
E o poeta como um anjo,
pode ver a Terra inteira.

No mirante imaginário,
o poeta agora é mudo.
Cria asas, contemplando,
salta em crase e acento agudo.

Voando por sobre as cabeças,
suas asas circunflexa.
E o poeta se espatifa
e ri a beça.

( Para o poeta João Andrade )

Um comentário:

Anônimo disse...

Rogério,

Linda!!!
rssss


Beijinhos da tua sempre fã