Visualizações

23 novembro 2007

131



Estação Orbital
ROGERIO SANTOS

uma saudade repentina
arrebata meus hemisférios
é na curva do teu cheiro
furta-fogo chocolate
constelado céu da boca
libe o ventre do poema
e não se lê pelas vitrines
beijo caco verossímil
cruza o cosmo feito um míssil
e atinge o alvo espelho

ao errar na madrugada
Ganimedes pira em órbita
Io em teu lábio inferior
e milimétricos tremores
no epicentro da epiderme

5 comentários:

Carlos Henrique Leiros disse...

Caro Rogério;
.
Esse poema veio mesmo na medida, rapaz. Brincando com a astronomia, trazendo-a para as relações humanas.
Gostei bastante!
Versos modernos, versos afiados, de uma inteligência risonha e que nos cai como luva.
Parabéns!
Abraço do
Carlos

Cláudia Gonçalves disse...

Tudo
nada diz
aqui
palavras
mudas.

Sua fã incondicional...
Beijo.
Claudinha

Prof Toni disse...

Boa Portuga! Pena que o som não ajudou ontem, não é mesmo? Beijos.

líria porto disse...

oi, rogério - obrigada pela tua visita ao blog, pelas tuas palavras... não sumas! virei ver-te!
teu blog está lindo.
beijo

Beth Kasper disse...

Lindo lindo!
Como sempre, aliás.
Abraços