A poesia
é o sobretudo
que me cobre.
O lado
de dentro
e o lado
de fora.
Folha de cima é o nome das terras que eram cultivadas por antepassados de minha família paterna.
Da mesma maneira, escrever, colocar minhas idéias viagens e experiências no papel ou armazená-las num sítio, é voltar ao cultivo de raízes das quais sou fiél depositário.
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13 novembro 2014
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Na
Conde de Irajá ROGERIO SANTOS
Tenho um amigo de grande coração Que nunca pôs os pés num hospital Troca o dia pela noite e o violão Paga o dobro e manda outro em seu lugar
Dia desses teve uma palpitação Ao ver uma morena requebrar Foi sururu desses de enturvar visão No botequim lá da Conde de Irajá
Aí não teve jeito, nem deu pra correr Quando o bicho pegou e a ambulância lá - Quem chama o doutor? Quem manda chamar?
Ele que é do samba e nunca negou Mesmo vivendo essa extrema situação Pediu pelo Belmiro o seu perdão E cochichou em um tom particular
“Eu prefiro até morrer no chão Do que ir prum corredor de Hospital Se for a hora, me leva pro São João E no velório é pra servir “Original”
Aí não teve jeito e nem deu pra correr Quando o bicho pegou e a ambulância lá - Quem chama o doutor? Quem manda chamar?
Foi aí que alguém gritou – ollvide Quem dá conta é o doutor Carlos Gomide No dedilhado de mulher, de violão Esse sabe tudo de anestesiar
Foram chamar o distinto doutor Que tranquilão fez logo se chegar E como tal, deu logo solução Porque o samba não pode parar
Não sei ao certo como o caso acabou Mas essa história eu tinha que contar “Doce de Côco”, “Água de Beber”, "Sei lá" ...sei não.
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