(foto de João Paulo Gonçalves)
Beira
de Lagar (3° poema)
ROGERIO SANTOS
outono no ar
as folhas esperam pelo chão
as folhas se espalham
espelhos de um voo temporão
qual folha que voa para o não
na "Folha de Cima" sinto o ar
da terra nos olhos de meu pai
que foram morar noutro lugar
a folha cultiva meu olhar
no chão de uma "beira de lagar"
é o voo do sonho de meu pai
no ar, já no céu, perto do chão
é folha tão boa de bailar
as folhas já sabem que voltar
é verbo que não se aplica mais
e cuidam de borboletear
muda
Há um mês
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