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16 junho 2017

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Istmo
ROGERIO SANTOS

era um tempo
de portas fechadas
e chaves escondidas

mas vi estrelas
que brilharam verdes
na noite do céu do Saara

o peito atravessado 
pela Cordilheira do Atlas

degelo
lágrimas inventando um oásis 

o silêncio que hoje me orbita
o barulho que hoje me habita
tem olhos de tâmaras

o oceano que separa
é o mesmo que une

o istmo é o destino


2 comentários:

solfirmino disse...

Lindo. É música?

rogerio santos disse...

Sol querida! Tem jeito de letra de canção, mas por enquanto é um texto/poema é só. Beijos!