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10 dezembro 2007

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Poema Calado
ROGERIO SANTOS

dá dó de poema
com pouca trama e muita trema
dá nó no poema
o muito drama, a pouca cena
adoro poema geográfico, pornográfico
adoro poema espiral, espacial
dá dó de poema esquelético, arquétipo
dá nó no poema, o lânguido, o pândego
adoro poema de rio, de mar
adoro poema calado; calar
parte, profundidade da fruta
da sanha, da carne, da gruta
nem tudo é pavão, misterioso leito
são rios e rio, e rio calado
embarcado na mesma viagem
em busca do equilibrio absoluto
margem direita palavra
margem esquerda intuição
acionados sonares dilemas
sigo calado e flutuo poemas

5 comentários:

ANALUKAMINSKI PINTURAS disse...

Muito belo, singelo, original, este poema-rio... Abraços.

ANALUKAMINSKI PINTURAS disse...

Muito belo, singelo, original, este poema-rio... Abraços.

Carlos Henrique Leiros disse...

Adoro poema que encanta
e espanta, em cada desvão.
Os curtos, por sinal, têm mais e mais me apetecido.
Alvíssaras, meu caro Rogério.
Abraço do
Carlos

pituco disse...

signori,
segue um verso extraído de um poema-rio ...

"cada gota do rio
que passa
flui a vida
em mim" (Érika C.Goethe)

o nome já denuncia essa minha amiga-irmã de adolescência e sonhos convividos...

piramidal...agora flutuo poemas

namaste

Anônimo disse...
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