
Engenho
ROGERIO SANTOS
há poesia nas raias do silêncio
dona se fingindo de morta
agindo como quem não está
ausente como quem não é
porque a poesia bem sabe
que nunca, mas nunca se sabe
quando um intrometido poeta
romperá o limite do óbvio
A poesia é o sobretudo que me cobre. O lado de dentro e o lado de fora. Folha de cima é o nome das terras que eram cultivadas por antepassados de minha família paterna. Da mesma maneira, escrever, colocar minhas idéias viagens e experiências no papel ou armazená-las num sítio, é voltar ao cultivo de raízes das quais sou fiél depositário.
4 comentários:
um poeta nunca é óbvio,nem foi o seu desfecho...adorei!
O poeta sempre avança sem cessar além de si mesmo. E cai, e a cada passo é sempre outro nele mesmo. Como ser óbvio?
"há poesia nas raias do silêncio"
fera!
Olá, Rogério!
Adorei a poesia... coisa de quem rompe o limite do óbvio.
Muito legal o blog.
Porque a poesia bem sabe que nunca, mas nunca se sabe...
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