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01 maio 2009

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Solitário e Coletivo
ROGERIO SANTOS

não bem no ovo
estou de novo aqui
calado
também na casca
dos meus poros calejados
também distante
nesse instante relativo
no espaço que me exato
numa dúzia ou num quilo

não sei ao certo
se bem rato se bem homem
não sei ao certo
se cottage ou roquefort
sei da dança de quem dança
todo instante mal vivido
no espaço que me exalo
do perfume desse grito

minha lorota é de ricota
e meio diet
desnatada e sem açucar
feito gosto de abacate
a loucura que me invade
de silêncio e liberdade
é prisão e é saudade
sem perdão e sem juízo

e sou aquele onipresente
feito um cisco
feito traço de corisco
feito pluma quando baila
todo baile de quem dança
tendo riso por herança
como um choro compulsivo
solitário e coletivo

3 comentários:

Adriana Riess Karnal disse...

nossa! tá parecendo um chico Buarque...

pituco disse...

parla,poeta...signore,eu sou isso aí que descreves...amplexosonoros

namaste

Anônimo disse...

"No instante que me exato"... poesia explícita.
guca domenico