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30 setembro 2009

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(foto de Giselle Camargo com sua cachorrinha puja extraída do ORKUT)

Bichumano
ROGERIO SANTOS

átomo
se tomo todo amor da fofura da foto
sobrepuja o fato de nunca termos falharmos
de falarmos à beça
bichumano silencia sobre o que poder
em todos os tempos que o verbo sui generis sugere
e sugere uma essência de mil ditos e não ditos
de perfume quando solto
de palavra quando presa
aportar no livre arbítrio
não apenas se há penas por falarmos a beça
feito colcha de retalhos
de cingires transparentes
pelo vício e pelo viço do carinho
de ser gente assim urgente
feito istmo na ponta de uma ilha
quando alcança o continente

8 comentários:

Anônimo disse...

gostei bastante!!!

Virginia Finzetto disse...

Que lindo, Rô. Adoro seus poemas, você sabe. Estou sempre aqui lendo e relendo... beijos

Virginia Finzetto disse...

PEROP...beijos

JR disse...

O mestre das palavras... Não só o sentido, mas o ritmo (a sonoridade) é delicioso...

Guca Domenico disse...

Belo versejar. Adoro a palavra "istmo". Qualquer dia quero usar numa canção...

rogerio santos disse...

Guca, que tal musicar esse poema e ter uma música com Istmo ?
hehehehe
Tá na hora de rolar uma parceria..
Abraços
Rogerio

Sidnei Olivio disse...

Gosto muito dos seus escritos, profundamente musicais. Abraço.

giselle disse...

adorei!
lindo.
você escreve delicioso!
um beijo!