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03 fevereiro 2013

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Jabuticaba
ROGERIO SANTOS

ela tem um brilho em que me espelho
e tem um sorriso em que me espalho
ela tem uma sina no rosto, um desenho de lua
e no centro da lua, a noite em que me espraio
e ali tem uma força, nos olhos de lua e de noite
e ali é que me acendo para desvendar o porto
e ali, intrínseco, o farol da gravidade que orbito
no meio da testa da cabeça feita e iluminada
existe vida inteligente quando entro em parafuso
e mergulho no universo abissal desse poema
que me aguarda sorrindo feito egípcia esfinge
querendo alguém que o decifre e saiba guardar segredo
que decerto, por tão sábias, as palavras não dizem


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