
Vai e faz
ROGERIO SANTOS
flor de vento
verdes são os tempos
desbravadas vias
sintonias finas
sons de efe eme
voz aguda
toda chave
na fogueira da palavra
não é cedo
não é tarde
não há saia justa
acontece que divisa
faz a linha imaginária
horizonte monte ponte
rompe um som pelo ar
vai sonhar
vai soar
vai sonar
vai e vai e vai e vai e vai
faz voar
faz ficar
faz brilhar
faz e faz e faz e faz e faz
flor de vento
ventania no loquete
quebra e parte
abre a grota
erosão se fez
3 comentários:
Vim, vi e fiz... só falta ouvi!
Domingo vai ter sessão recital aqui, né? Beijão!
Vim, vi e fiz como a Vi!! hehe
Também quero 'ouvi', viu?
Recital não sei não, bela, mas um Receitão de batatas está 'porvir'
Vim, vi e agora vou...
Na fogueira
palavra alinha a letra
A letra lavra a língua
A língua age em fala
A fala fixa o signo
O tom sonoriza o significante
A sintaxe sintetiza o som
Forma a frase, traça a imagem
Faz do rastro o significado
E grafa a paisagem
quem dera, poeta, fosse assim desbravadas vias pra mim. vivo na saia justa da compulsão de aprendiz de escritor que quer ir nas ondas sonoras das sintonias tão finas como estas aqui.
Show de bola, Rogério. Grata ao Poema Dia por ter descoberto teu trabalho. bom demais. Navegando de cima abaixo nessa folha.
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