
Voo 1549
ROGERIO SANTOS
o avião é uma máquina tão avançada
que mais dia, menos dia
algo do gênero acontece:
mais um deles pensou que era pássaro
e num relance
armou um belo mergulho
quando viu do alto um peixe suculento
nadando tranquilo no meio do rio
os homens robotizados
não observam pássaros
a alma dessa máquina
no fundo
morre de inveja deles
os urubus ficaram à espreita
os homens e sua máquina
tiveram que baixar o nariz
ainda não foi dessa vez
que mais um espetáculo se consumou
2 comentários:
Como sempre superligado ao dia a dia. Legal! Fiz comentários no post também feito lá no Blogenerico. Abração, poeta!
Aqui os homens não observaram os pássaros, observaram os peixes.
A vida salvou-se, mas a máquina, ah, rompeu-se.
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