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14 novembro 2009

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Dupla Face
ROGERIO SANTOS

a carne denota um alarme
um grito um rito um agito
na língua ambíguo coringa
disfarce fácil dupla face

descola da pele da córnea
um calo no prato do fato
no cerne foro consumado
vermelho vero amealho

disfarce um rito um agito
na língua da córnea da pele
no couro foro consumado
libido calo dupla face

vermelho no prato do fato
descola da pele um coringa
no couro o vero amealho
na carne detona um alarme

6 comentários:

Virginia Finzetto disse...

Descola da pele e gruda de novo.

Rafaela Gomes Figueiredo disse...

adorei essa exploração de múltipla face do poema!! =)
muito bom!

by the way: queria uma camisa desta! rs

besos

Sueli Maia (Mai) disse...

Um Ás e zás, a mescla não altera.
É de paus o Ás e o poema é da pele, o coringa.

P.S.
encontrei você por ai em blogs comuns.
Li alguns números e são muito bons.
Voltarei.
Abraços e boa semana.

Anônimo disse...

Espiei lá no blog da Rafa e agora vim espiar aqui... gostei!

Adriana Riess Karnal disse...

Rogério,
mas que maravilha de poema....na verdade um soneto, cheio de versos rimados, longe das rimas simples.Nossa, vc arrasou mesmo!!!

JR disse...

Gosto disso... leio e releio e leio novamente, tentando encon trar (e até motnar) mais sentidos, mais faces...