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08 fevereiro 2008

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De cais
ROGERIO SANTOS

tua voz
chama
da beira
desse cais
corpo

confinai
um grito
embarcação

arrasto proa
pele mastro
embargai
crua luz
taiti de nós

pero vais
évora
vento moto
evoco
santo dia
gira sóis

vela em ti
tua voz
ávida
veloz

corte amores
amarras
olhares de mim

rastro de luar
no mar
decais
na luz
crepuscular

4 comentários:

Amor amor disse...

Rogério, o jogo de palavras está demais, está muito gostoso de ler, e interpretar. Sabia que eu ainda não tinha pensado no "Taiti em mim"? Vou procurá-lo e expressá-lo... :o>

Beijinhos doces cristalizados!!! :o*

Carlos Henrique Leiros disse...

Olá, Rogério;
.
Seu poema grita com alma ancestral, lembrando um bardo português com saudade de velas e naus. E nos leva a pensar sobre as imensidões, as fronteiras do mundo.
Parabéns.
.
Abraço do
Carlos

pituco disse...

piramidal, poeta!

amplexosonoros
namaste

Anônimo disse...

muito obrigada pela visita, belíssimo poema esse!