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13 dezembro 2009

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Sertanias
ROGERIO SANTOS


de toda solidão
não restou um revés
o que trago nos pés
são geleiras e ondas
na aventura de caminhar

e a cada passo seguir
como um cais
para aprender a erodir
feito um rio
quando sabe o mar em si

beleza e solidão
partilhar o que é
cada qual uma galé
incerteza dos ventos
ditando o rumo
e a direção

e quando o próprio sertão
visitar
e nesse porto
se alguém ancorar
valer o tempo de sentir




5 comentários:

pituco disse...

signore poeta,

arrepiantes...poema e fotos que ilustram tua página.

são versos que mexem com os sentidos...piramidal

abraçsons

rogerio santos disse...

Signore,
Gratíssimo pelo comentário.
Sertanias é um dos temas em violão do Antônio Mineiro, e esses versos estão encaixados na melodia dele.

Eu também achei bem profundos e funcionam bem metricamente falando.

Agora preciso trabalhar a segunda parte com muito capricho, pq pode pintar aí mais uma parceria.

Abraços paralelos e meridianos !
Rogerio

Sueli Maia (Mai) disse...

A solidão é plural. E seu revés é de endoidecer o que é são.

Muito bom.
Abraço

rogerio santos disse...

Obrigado Mai, seus comentários são sempre benvindos por aqui. Nem sempre é possível escrever com profundidade, mas acho que esse texto (que ainda está em formação) atingiu esse objetivo.
Grande Beijo, Rogerio

rodrigo mebs disse...

mais uma vez, é o caso de mirar ou ser mirado. se é destino ou puro acaso, não carece ser lembrado.