Mágoa Espraiada
ROGERIO SANTOS
palavra pendida da carne
tatuada na cidade
com tinta forjada no tempo
de construções ancestrais
alquimia de ruas e paços
quem há de ouvir os meus ais?
maldito burocrata
puxa-saco caça-níquel
rasteira eminência parda
que infesta piratininga
com desprezo pela história
mas será o Anhangabaú?
que malfadada fonte é essa
que impulsiona meu poema
pela Ladeira da Memória?
até quando os topônimos
servirão à gatunagem
e quantos Robertos Marinhos
vão espraiar pela cidade?
periga daqui algum tempo
olhar o vale Silvio Santos
de cima do Viaduto Lombardi?
Nenhum comentário:
Postar um comentário