Visualizações

18 janeiro 2010

250


(foto by: Debora Birk)

Avenida
ROGERIO SANTOS

no meio da avenida
tem asfalto
no meio da avenida
tem o sangue
no meio da avenida
com as mãos na cabeça
a criança

no meio da avenida
todos passam
no meio da avenida
quantos dançam?
no meio da avenida
quanto choro
na sirene da ambulância

no meio da avenida
uma lança
no meio da avenida
uma arma
no meio da avenida
onde há trauma
onde há calma e esperança?

no meio da avenida
todos fluem
no meio da avenida
tudo segue
no meio da calçada
olhos velam
a cidade não espera

3 comentários:

pituco disse...

ôba...já tem música???

bacci torpedos

namaste

rogerio santos disse...

Tem não, parceiro...
Acabei de redigir agorinha...
Aliás... entrei e escrevi de prima...

Fique à vontade...

Abraços, Rogerio

Fernanda S. disse...

E tudo vai ficando assim... no meio da avenida.

Vou recomendar este poema no meu twitter! Adorei!

Beijos